“E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mateus 28:20).
Dizem que esta história é real. E mesmo que não fosse, a verdade contida nela é mais real do que qualquer número no extrato bancário ou notificação de dívida atrasada.
Quando tudo desmorona
Cidade do México, 1968. Um terremoto de grandes proporções arrasou construções e destruiu a paz de muitas famílias.
Um homem, ao ouvir sobre o tremor, corre para casa. Sua esposa está viva — alívio. Mas seu filho estava na escola.
Ele corre até lá. E o que encontra? Ruínas. Escombros. Nada de pé.
Não havia mais portão, corredor, sala de aula. Sobrou apenas montes de pedras e concreto.
Então ele se lembrou de uma frase que ele sempre falava com seu filho: “Haja o que houver, eu estarei ao seu lado.” Ele tinha feito esse compromisso e não podia falhar.
Naquele momento, aquilo que era apenas uma frase de pai carinhoso virou combustível de fé.
A promessa que cava por entre os escombros
Sem esperar ajuda, sem se importar com quem dizia “não adianta”, ele começou a cavar.
Com as mãos. Com os braços. Com o coração.
Outros pais tentaram convencê-lo a desistir. Os bombeiros tentaram afastá-lo. Os policiais disseram: “É perigoso, não sobrou ninguém.”
Mas a cada negativa, ele respondia: “Você vai me ajudar?”
Eles não ajudavam. Mas ele continuava.
Então, horas depois... uma voz distante do meio das pedras se ouviu. Fraca, mas cheia de vida
- “Pai! Estou aqui!”
Um grito. O filho estava vivo. Com sede, com fome, mas vivo. E com ele, 14 outros colegas da sala.
E a frase que o filho disse ali, arrepiaria até o mais cético: “Eu disse a eles: Haja o que houver, meu pai vai vir me buscar.”
Já sentiu sua vida desmoronar assim?
Talvez sua escola não caiu, mas sua estabilidade sim.
Talvez o que está em ruínas são seus planos, seu casamento, sua fé ou suas finanças.
Você olha pro extrato e parece zona de guerra.
Você cavou dívidas, parcelas, financiamentos, e agora está soterrado em boletos.
Talvez você tenha ouvido de muitos:
- “Você não vai sair dessa.”
- “Aceita que acabou.”
- “Vai perder tudo.”
Mas Deus — sim, Deus, o Pai — não abandona promessas.
Ele te viu cair. Mas também vai ser Ele quem vai te levantar.
Finanças e Fé: Deus também é Pai quando falta dinheiro
A gente costuma achar que Deus só está presente quando está tudo “fluindo”:
- O dízimo tá em dia;
- As contas estão pagas;
- O pix da provisão chegou.
Mas e quando o terremoto vem?
E quando o orçamento estoura?
E quando você mal consegue orar porque está cansado de tentar?
A promessa ainda está de pé: "Eu estarei ao seu lado... todos os dias."
Mesmo no vale.
Mesmo na crise.
Mesmo quando você mesmo causou o desastre.
Deus não é um investidor de curto prazo. Ele é um Pai de longo prazo.
Ele não entra na sua vida só nos dias de culto.
Ele não investe em você esperando retorno rápido.
Ele está disposto a cavar até te achar, mesmo quando todos os outros já desistiram.
“Ainda que meu pai e minha mãe me abandonem, o Senhor me acolherá.”(Salmo 27:10).
Aplicações práticas (porque fé sem ação é só teoria):
1. Está em crise? Comece a cavar. Não enterre sua esperança. Faça sua parte ainda que com mãos cansadas.
2. Busque ajuda, mas confie primeiro em quem prometeu estar ao seu lado. Nem sempre os “especialistas” vão entender sua fé. Mas Deus entende.
3. Não desista de quem está preso nos escombros. Talvez um filho, um irmão ou alguém próximo esteja soterrado em dívidas, vícios ou tristeza. Lute por ele.
4. Repita a promessa. Diga a si mesmo: “Meu Pai está vindo. Haja o que houver, Ele não vai me abandonar.”
Conclusão: Ele te viu cair e está disposto a te levantar
Você pode até estar soterrado emocionalmente, espiritualmente ou financeiramente.
Mas se ainda existe vida aí dentro, ainda existe esperança. E Deus, o Pai, está cavando.
Quando a pedra for removida, e Ele te chamar pelo nome, lembre-se: você não foi esquecido. Você foi procurado.
Um Pai nunca esquece a promessa feita a um filho. Muito menos Deus.
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