As 14 Máscaras do Irmão Mais Velho



Eu imagino que tudo mundo saiba, mas de algum modo, eu não tinha pensado nisto antes. A verdade é que quando o filho pródigo voltou, poderia ter acontecido o mesmo que certamente ocorre na maioria das grandes Igrejas evangélicas brasileiras: Nada!

Preocupados com tantas reuniões, pregações, convenções e outras prioridades,  os levitas e sacerdotes de nossa época não mudaram, continuam tão religiosos quanto os personagens da parábola do "Bom Samaritano". E como tem "irmãos" mais velhos em nossos dias!

O pai do pródigo não se esqueceu do seu garoto. Ele o amava. E, todo dia olhava pelo caminho por onde o filho tinha se ido embora. Foi por isso que o avistou ainda longe, voltando para casa. Então saiu correndo ao encontro do moço, abraçou-o e beijou-o.

Aprendi uma valiosa lição com o Pai do filho pródigo: Sabem por que aquele Pai saiu correndo para abraçar o filho? Foi porque ele tinha medo que o filho caçula fosse humilhado e mal recebido. Ele sabia que se isso acontecesse o jovem voltaria de vez para ficar junto aos porcos. Era exatamente isso que teria acontecido se a primeira pessoa a recebê-lo fosse, por exemplo, o irmão mais velho. Essa atitude tem um nome: compaixão.

Vamos analisar o final da parábola do filho pródigo pois ela apresenta neste final a melhor mensagem para a igreja. Na primeira parte ela apresenta: O cristão que abandonou a casa do Pai “A Igreja”. Na segunda parte ela apresenta: O cristão que esta na casa do Pai “Na Igreja”, mas também está desviado, vive apenas usando a máscara de longos anos.

Quando lemos a parábola do filho pródigo, quase sempre focamos no filho que foi embora, caiu em miséria e depois voltou arrependido. Mas esquecemos do detalhe mais incômodo: O irmão mais velho, que nunca saiu de casa, mas estava tão perdido quanto o caçula.

E é aqui que a parábola bate fundo, porque esse “irmão mais velho” continua sentado nos bancos das nossas igrejas, de terno ou camiseta, bíblia na mão, mas o coração cheio de máscaras.
Vou apresentar 14 máscaras que sufocam a vida da igreja e revelam uma religiosidade sem Cristo. Vamos a elas, com a sinceridade que falta em muitos púlpitos:





1 – A máscara da desconfiança
“E quando voltou, ouvia a música e as danças.”
O irmão mais velho desconfiou da alegria da casa do Pai. Hoje, quantos olham torto quando veem a igreja se alegrando com novos convertidos, cultos vibrantes ou alguém dando testemunho? Sempre tem aquele que pensa: “Será que é verdade mesmo?”.
Exemplo: O irmão que prefere acreditar que o testemunho de transformação é exagero, mas acredita em fofoca sem provas.

2 – A máscara da rebeldia
“Chamando um dos criados, perguntou-lhe o que era aquilo.”
Ao invés de buscar o pai, foi atrás do servo. O rebelde prefere os corredores, os cochichos, os bastidores, mas não tem coragem de ir direto à liderança.
Exemplo: O crente que prefere ouvir o “zap gospel” do grupo do bairro do que perguntar diretamente ao pastor. Resultado? Mal-entendidos e divisão.

3 – A máscara do fingimento
“Veio o teu irmão.”
Na frente, dá aquele sorriso amarelo; por trás, torce para o outro cair. Fingiu amor, mas odiava ver a restauração.
Exemplo: O irmão que diz “Glória a Deus pela sua volta”, mas por dentro pensa: “Isso não vai durar, logo cai de novo”.


4 – A máscara da desobediência
“Indignou-se e não queria entrar.”
Ele não respeitou a ordem do pai. Hoje, muitos se dizem cristãos, mas fazem exatamente o contrário do que a Palavra ensina.
Exemplo: Querem cargos, palcos, holofotes, mas não querem oração, jejum e submissão.


5 – A máscara da indignação
“Mas ele indignou-se.”
A volta do irmão não foi motivo de festa, mas de raiva. Quantos se incomodam quando o perdido volta e recebe honra?
Exemplo: Crente que se revolta porque o novo convertido já está pregando, enquanto ele “serve há 20 anos”.


6 – A máscara da desunião
“E não queria entrar.”
Não se alegrou com a festa, não se uniu à celebração. Hoje, muitos não têm prazer no culto, no louvor ou no avanço da igreja.
Exemplo: Ficam no celular durante o culto e só aparecem quando é para “mostrar serviço”.


7 – A máscara da imprudência
“O pai insistia com ele.”
Mesmo com o pai pedindo, ele expôs sua revolta, causando escândalo.
Exemplo: Quem não resolve em particular, mas lava roupa suja no grupo de WhatsApp da igreja.


8 – A máscara da afronta
“Mas ele respondeu a seu pai...”
Teve coragem de enfrentar o pai em público. Hoje, não é diferente: crentes batem boca com líderes e desrespeitam autoridade.
Exemplo: O membro que confronta o pastor no meio do culto porque “não concorda” com a mensagem.


9 – A máscara do egoísmo
“Olha, sirvo-te há tantos anos.”
Não servia por amor, mas por interesse. Sua obediência era moeda de troca.
Exemplo: O irmão que pensa: “Se eu faço tanto, por que ele recebe mais atenção que eu?”.


10 – A máscara da leviandade
“Nunca me deste um cabrito.”
O coração não estava no pai, mas nos prazeres.
Exemplo: Aquele que só quer festa com os amigos, mas despreza a comunhão com os irmãos da fé.


11 – A máscara do ódio
“Esse teu filho desperdiçou bens com meretrizes.”
Chamou o irmão de “teu filho”, como se não fosse mais família. O ódio rompe laços.
Exemplo: Crentes que tratam irmãos como inimigos, apenas porque não concordam em tudo.


12 – A máscara da avareza
“Mataste o bezerro cevado para ele.”
Não suportou ver o melhor sendo usado para outro.
Exemplo: Crentes que questionam cada centavo investido na evangelização, mas não abrem mão de gastar em futilidade.


13 – A máscara da incredulidade
“Filho, tu sempre estás comigo.”
Estava dentro da casa, mas não acreditava no amor e nas promessas do pai.
Exemplo: Gente que frequenta todos os cultos, mas não crê que Deus pode restaurar sua vida.


14 – A máscara da insubmissão
“Era justo alegrar-nos.”
Não aceitou o argumento do pai. Queria ter a última palavra.
Exemplo: O crente que acha que sabe mais que a Palavra e que Deus precisa se adaptar ao seu jeito.

Conclusão
O irmão mais velho continua sentado em muitos bancos de igreja. Ele tem Bíblia, sabe cantar os hinos, é veterano nos cultos, mas o coração está longe do Pai.

A parábola nos ensina que não basta estar na casa, é preciso estar no coração do Pai.
E se a sua fé virou apenas uma máscara, está na hora de arrancá-la antes que você se torne um fariseu moderno.

Reflexão final: Será que você tem usado alguma dessas máscaras?
Se sim, saiba que o mesmo Pai que recebeu o pródigo também quer restaurar você.

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