Hoje parei para pensar numa pergunta simples, mas que carrega um peso enorme: Será que estou orando do jeito certo?
Sim, oração é essencial. Mas se formos sinceros, precisamos admitir que muitas vezes oramos no piloto automático. A gente já sabe a sequência: “Senhor, obrigado por mais um dia… abençoa meus pais… perdoa meus pecados…” e fim. É como se tivéssemos programado um “pix espiritual automático” que envia o mesmo valor todo dia sem checar o saldo, sem saber se é o que Deus quer, sem emoção, sem direção.
A oração virou parte da “rotina religiosa”. Um ritual repetido, quase mecânico, que pouco se conecta com a realidade que vivemos inclusive com nossas decisões financeiras.
E aí, encontrei essa ilustração que me fez repensar tudo. Leia com calma. Pode ser que Deus fale com você também:
- "Senhor, obrigado por mais um dia. Perdoa os meus pecados e abençoa meus pais e meus irmãos. Em nome de Jesus. Amém!"
Toc, toc, toc...
- “Deus? É o Senhor? O que o Senhor está fazendo aqui?”
-"Sou Eu, filho. Estou sempre batendo à sua porta, querendo entrar de verdade na sua vida."
- "Mas o Senhor já está na minha vida! Aceitei Jesus anos atrás!"
- "Sim. Mas aceitar é o começo. Eu vim perguntar: quando você vai começar a se relacionar Comigo de verdade?"
- "Ué... eu oro todo dia!"
- "Mas você ora... ou repete frases programadas? Até os anjos já sabem sua oração de cor. Eu não criei robôs. Eu criei filhos. Eu sou o seu Pai. E quero ouvir você, não um modelo decorado."
- "Mas Deus... eu não sei orar bonito. Nem uso versículos igual os irmãos da igreja."
- "Filho, você fala com seus amigos com naturalidade. Fala sobre sonhos, sobre boletos, sobre metas. Por que acha que não pode falar Comigo sobre isso também? Eu não quero só ser seu Deus. Quero ser seu mentor, conselheiro, parceiro de decisões. Inclusive as financeiras."
- "Você ora pra Eu abrir portas, mas nunca me apresenta seu orçamento. Pede provisão, mas vive ignorando princípios de sabedoria e mordomia. Como posso te ajudar se você não me deixa participar da administração do que te confiei?"
- "Puxa, Pai... agora entendi. Eu estava te tratando como um banco de emergência: Só te procurava quando tava no vermelho. E o pior, nem falava com sinceridade. Orava no 'modo automático' por hábito, não por relacionamento."
- "Mas você ainda pode mudar isso, filho. Eu me importo com cada detalhe: Com o aluguel atrasado, com o cartão estourado, com os sonhos engavetados, com o negócio que não saiu do papel. Quero caminhar com você em tudo isso, não só quando faltar, mas quando sobrar também. Quero te dar sabedoria para investir, para multiplicar e para repartir. Só preciso que você me convide para a conversa."
- "Então, Pai... me perdoa por ter deixado a oração virar um protocolo. A partir de hoje, quero te contar tudo, sem filtro, sem medo. E sim, até sobre meu dinheiro."
- "Isso, filho! Agora estamos começando de verdade. Me conta... o que tem te preocupado ultimamente?"
- "Bom, pra começar, aquele boleto que vence amanhã, aquela dúvida sobre o investimento... e aquele plano que tenho, mas não sei se é Tua vontade..."
- "Pode falar. Estou ouvindo. E já estou agindo."
Oração é relacionamento, não roteirização.
Deus não quer só ouvir pedidos automáticos. Ele quer conversas sinceras, que envolvem cada área da sua vida, inclusive as decisões financeiras.
A oração certa não é a mais longa, nem a mais bonita. É a mais verdadeira. É aquela que vem do coração, que reconhece dependência, mas também convida Deus para o centro da gestão.
Você não precisa falar difícil. Precisa apenas falar com o coração. E não espere a conta bancária entrar no negativo para abrir esse diálogo. Deus está pronto para ser seu Pai, seu conselheiro e seu sócio desde que você abra espaço na agenda e na planilha.
E você? Já conversou com seu Melhor Amigo e seu melhor Conselheiro Financeiro hoje? Ele está te esperando.

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