Imagine-se sentado em um culto de domingo. O louvor acabou de terminar, o ambiente está cheio de expectativa e o pastor anuncia que um profeta de Deus foi convidado para trazer a mensagem da noite.
O murmúrio corre pela igreja: “Hoje vai ser forte! Vai ter revelação, vai ter prosperidade, vai ter vitória declarada sobre nossas vidas!”
As cadeiras rangem quando todos se ajeitam, olhos atentos para o homem que sobe ao púlpito. A ansiedade paira no ar. Você mesmo pensa: Será que ele vai liberar a palavra de que meu negócio vai prosperar? Será que hoje vem a promessa da casa própria, do carro do ano, da cura que tanto busco?
O profeta então toma a palavra e diz: “Esta é a mensagem que Deus me deu em visão: Ainda que a figueira não floresça, ainda que não haja uvas nas videiras, ainda que falte o trigo nos campos e o gado nos currais... mesmo assim eu me alegrarei no Senhor, o Deus da minha salvação.” (Habacuque 3:17-18)
Silêncio. O ar parece pesado. O que era expectativa vira frustração.
Olhares se cruzam. Murmúrios surgem: Como assim? E a vitória? E a abundância? E o sete vezes mais? Onde está a palavra de conquista?
De repente, um obreiro se levanta, voz firme e tom de repreensão: Profeta, isso é derrota! Nós não servimos a um Deus de miséria. O certo é declarar abundância, exigir que a figueira dê fruto, que os currais transbordem! Somos cabeça e não cauda! O Senhor não nos chamou para passar necessidade!
A igreja explode em aplausos ao obreiro. O profeta, no entanto, permanece firme: A palavra que entreguei não é minha, mas do Senhor. E Ele me ensinou que fé verdadeira não depende do que eu tenho, mas de quem Ele é.
Mas antes que termine, é vaiado, empurrado e expulso da congregação. Chamado de homem sem fé, falso profeta, derrotado.
O culto segue, mas a verdadeira Palavra de Deus havia sido rejeitada.
Agora, meu irmão, minha irmã, deixe-me perguntar: Se você estivesse lá, de que lado estaria? Aplaudindo a promessa de riquezas fáceis ou abraçando a fé que continua louvando mesmo em tempos de escassez?
Aplicação para sua vida e finanças
A cena de Habacuque nos confronta. Hoje, muitos querem as bênçãos de Deus, mas não querem o Deus da bênção. Querem a colheita sem a semeadura, a prosperidade sem a fidelidade, o sucesso sem a cruz.
Mas a verdadeira fé não se mede pelo saldo da conta bancária ou pela quantidade de bens, e sim pela confiança em Deus quando tudo parece desabar.
Nos negócios: Você está colocando Deus como sócio ou apenas como patrocinador dos seus sonhos?
Nas finanças pessoais: Você busca sabedoria para administrar o que tem ou apenas campanhas para multiplicar sem esforço?
Na vida espiritual: Você consegue adorar a Deus mesmo quando não recebe o que queria?
Habacuque nos ensina que prosperidade bíblica não é acumular riquezas, mas permanecer firme em Deus em qualquer circunstância. Ele é o bem maior.
E eu te pergunto: Será que hoje você aceitaria a palavra de Habacuque ou também o expulsaria do púlpito da sua vida?
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